maio 29, 2012

Once upon a time ...


Era uma vez...uma menina de vestido azul e algibeira branca. Um rei velhinho, um príncipe numa batalha, e uma princesa presa numa masmorra. Era uma vez um dia. Um momento de felicidade. Era uma vez uma mãe que gritava pela filha no meio do bosque. Era uma vez uma mulher pobre que apanhava lenha na floresta. Era uma vez uma clareira com abetos preenchidos por folhas melancólicas como a própria vida. Era uma vez um cão raivoso que ladrava sempre que, raramente, um carro passava na rua. Era uma vez uma aldeia que ficava no monte d'além. Era uma vez uma raposa que descia lentamente pela maré vaza. Era uma vez um prado verde, onde as cabrinhas pastavam. Era uma vez uma montanha. Era uma vez uma cidade. Era uma vez uma página que fora arrancada de um diário, e que voava ao sabor da leve brisa ao final da tarde. Era uma vez quatro meninos que tinham um sonho. Era uma vez uma família de ursos polares que comiam salmão todas as sextas-feiras. Era uma vez uma asinha de gafanhoto. Era uma vez as cores do Outono. Era uma vez uma nuvem e um caracol que não se suportavam. Era uma vez uma boneca de trapos, que tinha um chapéu de papoulas e um lencinho de trevos. Era uma vez uma flor que jazia numa cidade longínqua. Era uma vez uma estrela-do-mar. Era uma vez um dentinho e um anão que tinha medo de elfos. Era uma vez uma cigarra que cantava o todo o dia, e um cigarro que ela fumava antes dos espectáculos. Era uma vez a gata Pituca e a Pandorquinha, que liam juntas os seus diários. Era uma vez um bolo de anos. Era uma vez a Chamusquinha que, num belo dia de Verão, se lembrou de incendiar a mata. Era uma vez o Zé Simplório, que morava ao fundo da rua. Era uma vez o Titó e a Carriça, com quem brincava sempre que voltava da escola. Era uma vez um moinho que moia, moia e moia, e gemia num lamento prolongado. Era uma vez os foguetes com muita cor que tinham sido preparados no barracão sujo onde era proibido entrar. Era uma vez um senhor que vendia pechinchas pelas portas. Era uma vez os restos de lã da avó Cremilde. Era uma vez uma oliveirinha que pendia para o lado de quando em quando. Era uma vez uma pastorinha da serra e um pirata rezingão. Era uma vez uma sementinha e um ratinho viajante que tinha a mania das complicações. Era uma vez um menino pintor, que coloria as telas com cores muito vivas nas margens do rio. Era uma vez um rebuçado cor-de-rosa. Era uma vez um jornal esquecido na soleira da porta. Era uma vez um sonho. Era uma vez uma verdade, uma união. Era uma vez um destino. Era uma vez uma praia com as suas dunas bem definidas. E uma gaivota que, rasteirinha, salpicava a paisagem com o branco das suas asas... Era uma vez um suspiro. E um sentimento que sentia e que permanece em mim...a saudade! Era, era e era...
Era uma vez.


8 comentários:

  1. Oh então porque?
    Amei o texto!
    Uma amiga minha também escreve histórias se quiseres ler (:

    http://artificial-princess.blogspot.pt/

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  2. Ás vezes também me sinto assim incompreendida...
    De nada (:
    O meu nome é ines, e na verdade aquele blog é meu :x, so nao quero revelar a minha identidade por agora para nao chegar a pessoas erradas, mas pronto tu pareces me de confiança (:
    E a tua maneira de escrever, é como se escrevesses algo de mim *.*

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  3. Acredito que o meu 'segredo' esteja bem guardado contigo (:
    E sim é asserio *.* eu imagino-me a escrever o que escreves o:

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  4. ahaha, isso foi bem dito :3

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  5. Vê la se escreves mais *.*
    E ja leste os meus? (: ( do outro blog)

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  6. Agora ja da para comentar devia ser um erro qualqer qe tinha :c

    E isso qe dizes de eu ser arrebatadora é bom ou mau? o:
    Olha lá tens facebook? :3

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  7. Quando quiseres comentar ja podes *-*

    E ja te adicionei :3
    Sente-te a vontade para comentar se quiseres (;

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  8. De nada fofinha.

    Eu tive coragem de lhe ir falar, aliás devia ser ele a falar-me porque a nossa amizade ficou acabada por causa de uma gaja ( que ela vai pagar por tudo) e dele , por isso eu teria de ser orgulhosa e nao lhe falar, mas deixei isso de lado e falei-lhe e percebi qe eu para ele morri simplesmente...

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