agosto 26, 2014

~ Como água na areia ~

« Porque eu perguntava a mim próprio se os outros, sujeitos à morte, deviam viver, já que aquele que eu amava, e que não devia morrer, estava morto; e também me perguntava se eu próprio, que era para ele um segundo ser, podia viver já que ele estava morto. Um dos amigos dele disse: "Tu és metade da minha alma." Ora, eu que senti que a minha alma e a sua formavam uma só em dois corpos, tinha horror à vida porque não queria viver só com metade. Talvez por isso receava morrer, não viesse a morrer aquele a quem eu tanto amara. »
Santo Agostinho, Confissões, Livro IV

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